Vamos Falar de Série: The Flash

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Ou, o universo DC na TV.

Olá pessoal, hoje estou aqui pra falar um pouco sobre essa série que vem fazendo tanto sucesso. Sim, vou falar de The Flash.

A série começou em 07/10/14 contando com 23 episódios e terminou sua primeira temporada há poucos dias. Na verdade a série começou 3 meses antes com seu episódio piloto tendo “vazado” na internet, episódio esse que fez muito sucesso, dando aos produtores a confiança necessária para seguir com o projeto. Transmitida pela CW, The Flash é um spin off (série derivada) de Arrow (também CW) e está fazendo tanto sucesso que já teve sua segunda temporada confirmada, além de ter mais um spin off já programado, Legends of Tomorrow. Inclusive, Legends of Tomorrow já tem até trailer e parece que será foda, saquem só:

https://www.youtube.com/watch?v=4MubNoWQiSc

Quando temos uma série baseada em alguma HQ eu sempre começo falando sobre a revista, para só então falar sobre a série.  Hoje farei diferente, deixarei pra falar da HQ depois, primeiro quero fazer uma comparação que acho fundamental para entender bem o conceito de The Flash, pelo menos o conceito apresentado no começo da série, pois depois ela acaba se desenvolvendo além dessa comparação que farei a seguir. Pra quem não olhou Flash, a série é basicamente um Smallville adaptado. Sim, vocês leram certo, estou comparando diretamente The Flash com Smallville: As aventuras do superboy (eu sei que todos assistiam no SBT).  No começo as duas séries são extremamente parecidas por uma série de fatores. As duas séries tratam de super-heróis que começando a entender seus poderes, e como lidar com eles. As duas tem esse formato “Vilão da Semana”, onde em cada episódio aparece um supervilão novo e depois de apanhar um pouco, nosso herói acaba aprendendo uma forma de derrotá-lo. Tanto Barry quanto Clark são apaixonados por uma amiga, mas não podem ficar juntos porque eles tem um segredo (superpoderes). De fato, essa é a maior semelhança entre as séries. Em um determinado episódio Iris diz a Barry que sabe que ele tem um segredo e que eles não podem ficar juntos enquanto Barry não for sincero com ela. Essa cena é igual (não é semelhante, é IGUAL mesmo) a uma cena onde Lana diz o mesmo a Clark. As duas são baseadas em personagens de HQ, mas não seguem fielmente, onde a diferença maior entre série e personagem é a forma que os vilões ganham poderes. Em Smallville todo mundo ganhava poderes graças a Kryptonita, sendo que nas HQs a única coisa que Kryptonita já deu a alguém foi câncer ao Lex Luthor. Já em The Flash os poderes da maioria dos personagens vem da explosão do acelerador de partículas, mesma explosão que deu poderes ao Barry. Sendo que nas HQs Barry ganha seus poderes depois de ser atingindo por um raio e levado um banho de produtos químicos. E a única pessoa que ganha poderes dessa forma além de Barry é Wally West, sobrinho de Iris, que mais tarde tornou-se o Kid Flash. Muito provável que exista muitas outras semelhanças entre as duas séries, mas essas são as que mais se destacaram no meu ponto de vista.

Claro que se Flash fosse apenas uma cópia de Smallville ela nunca teria sucesso, The Flash vai muito além disso. Os produtores pegaram um conceito já pronto e melhoraram bastante, adicionaram novos elementos e novos plots pra tornar a série um pouco mais original. The flash conta a história de Barry Allen (Grant Gustin) que quando pequeno teve a mãe assassinada de forma misteriosa, indo assim morar com Joe West (Jesse L. Martin)  e sua filha Isis West (Candice Patton) por quem Barry tem uma paixão (nas HQs Barry conhece Isis só na sua fase adulta). Quando adulto foi trabalhar nos laboratórios da polícia onde Joe West trabalha como detetive. Barry ganhou o poder de supervelocidade após ser atingindo por um raio fruto da explosão do acelerador de partículas e logo após decide se tornar um super herói, sob o nome de Flash. Na série Barry tem uma equipe de apoio formada por Cisco Ramon (Carlos Valdes)  que mais tarde se tornará o Vibro e Caitlin Snow (Danielle Panabaker) que irá se torna a vilã Nevasca, além do professor Harrison Wells (Tom Cavanagh). Um grande plot da série e que de fato foi um dos motivos do sucesso da série é sobre Wells. Existe logo no começo da série todo um mistério sobre quem ele é, e de onde ele veio, ou devo dizer, de quando ele veio. Não posso contar nada sem dar spoillers, mas boa parte dessa primeira temporada gira em torno de Wells. Outro ponto fortíssimo da série é a interação da série com Arrow. Antes de começar a série eu fiz algumas previsões de como eu achei que seria essa interação, vocês podem conferir Clicando aqui. Algumas coisas eu errei, outras eu acertei. Eu já sabia que a interação entre elas seria bacana, mas nunca imaginei que seria tanto. Mesmo quando uma não tem interferência na outra, não é raro vermos pequenas referencias de uma série na outra, mostrando que elas estão inteiramente ligadas. Eu já achei isso incrível na primeira temporada, estou agora imaginando como será na segunda que teremos também Legends of Tomorrow, e assim expandindo ainda mais o universo da DC nas telinhas. Vale destacar aqui que as séries não terão relação alguma com os filmes que estão por vir. Diferente da Marvel que uniu todas as mídias, a DC pretende deixar bem separado os dois universos (cinema e TV). Mas como a DC é famosa por seu Multiverso nas HQs, não me espantaria se daqui alguns anos ela resolver unir tudo, fazendo como a saga “Crise Infinita” ou a atual “Convergence”.

The Flash como disse não é totalmente fiel as HQ, a maior diferença está na origem dos poderes dos vilões, como já disse anteriormente. Essa mudança não chega a ser ruim, é só uma maneira mais fácil e diria eu, mais covarde que os produtores acharam de justificar a galera que tem super poder. Como por exemplo, imagina como seria difícil explicar de forma não tão fantasiosa a existência de uma cidade governada por gorilas superdotados. Na série eles resolveram descartar Gorila City e apresentar o vilão Grodd como uma experiência de laboratório. E isso não é ruim, muito pelo contrário, dá um tom de realismo pra série que é bem legal.

A série no geral é muito boa, mas alguns episódios não são tão bons, até porque, é difícil uma série com tantos episódios não cometer nenhum deslize. Alguns apresentam algumas falhas que me incomodaram bastante, como o fato de Barry não conseguir vencer o Capitão Frio que é apenas um humano, sem precisar de nenhuma estratégia. Isso nem é um problema da série em si, nas HQs muitas vezes são assim, mas confesso que quando assisto o Barry passando trabalho com um simples humano isso me irrita. A direção de fotografia é muito boa, os efeitos especiais são ok, nada surpreendente, mas também nada muito ruim. E existe algumas cenas, tipo o primeiro Soco Super sônic (Super Sonic Punch) que Barry deu na série, a cena foi tão bem feita, que é como se eu estivesse vendo a HQ ganhando vida  (ou assistindo o golpe em alguma animação da Liga da Justiça ou do próprio Flash). O final da temporada é o que mais agradou o público, com muita ação, cenas memoráveis e uma abertura super foda para a segunda temporada. Eu sou extremamente chato e devo ser a única pessoa da terra que não gostou desse episódio. Isso se deve por alguns probleminhas que observei, e também porque é muito difícil eu gostar de algo que envolva teoria de viagem no tempo (sim, pequeno spoiler).

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado, e até a próxima.

 

Confira mais em Vamos falar de série e conheça nossa coluna sobre quadrinhos em HQ Suprema.

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Blastoise Stefens
Ultimo estágio do Squirtle. Cinéfilo, seriemaníaco, vendedor exclusivo de cristais bulerium para Lorde Dragaunus. Nascido e criado no mundo 6, fã de Hitchcock, Spielberg e Ashirogi. Aprendiz de Unagi, Weird e amigo pessoal dos anciões da internet.