Nonsense Friday

Nonsense Friday – Rei Onírico

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Olá Geeks, hoje o nonsense friday é um pouco… digamos… diferente, acompanhe!


Hoje quando acordei fiz um daqueles exercícios para a memória, o de escrever o sonho que você teve na noite que se passou. Meu sonho foi tão…, tão… estranho, que creio que lembrarei dele para sempre:


Nonsense Friday – Rei Onírico


Nonsense Friday

 


Abri os olhos. Estava deitado no meio de uma estrada e vestia somente uma túnica branca com um diagrama da saída de incêndio de algum hotel.

Quando levantei, já não estava na estrada, eu estava na minha festa de aniversário de cinco anos. Vi meus tios contando piadas sobre o governo; vi meus primos comendo a sujeira do nariz; mas, principalmente, me vi. Me vi como sou atualmente, com esse corpo de homem de vinte e sete anos, porém falava como criança, e também agia como tal. Procurei desbravar a minha antiga casa, afinal, não é sempre que se volta no tempo. E fui andando pela casa: na sala de estar vi duas pessoas sentadas, mas só me dei conta de quem eram essas pessoas, depois que eu passei. Para ter certeza, voltei. Na minha sala estavam sentados Kurt Cobain e Gandhi, discutindo sobre a Birmânia. Procurei me acalmar, e fui andando até onde creio que era a cozinha.

Logo que botei os pés na cozinha, já não me encontrava na cozinha, e sim em um zoológico. Só que dessa vez eu era um jacaré, e as pessoas se apoiavam na grade para me ver, e alguns meninos pervertidos, jogavam pedras em mim. Não podia me defender, eu era só um jacaré. Logo olho para o lado e vejo minha atual noiva, caminhando em minha direção, só que usando um daqueles macacões de tratadores de animais de zoológico. Ela chegou perto de mim (ainda um jacaré), abriu sua blusa, e onde deveriam estar seus seios, estava uma placa luminosa “Welcome to Las Vegas”. E num desejo incontrolável, eu-jacaré, mordo a placa e tomo um choque.

E em um piscar de olhos eu estou em uma maca num hospital, e haviam câmeras ao meu redor, como se eu fosse um ator de novela, atuando como um paciente que tomara um eletrochoque. Quando consegui enxergar melhor, vi que as pessoas que estavam ao meu lado (enfermeiros, médicos, operadores de câmera, e outros atores) tinham o meu rosto! De repente, ouço alguém gritar “Corta!”. Levanto-me e tento andar, ao colocar os pés no chão, meu pés não tocam mais o piso, e sim areia.
Estava em uma praia. Além de mim, haviam mais coisas na praia: dois chimpanzés e um caranguejo. E como não havia nada mais interessante, eu acordei.


 

Nunca tive nenhum problema psicológico (pelo menos que eu soubesse), sendo assim nunca havia procurado um psicólogo. Porém, com esse sonho fui obrigado a procurar um especialista.Primeiro, visitei um parapsicólogo. Contei meu sonho, e analisando-o, o parapsicólogo me disse que isso talvez fosse alguma coletânea de todas as minha vidas passadas em forma de sonho, ou que eu devia parar de comer feijoada antes de dormir.

Não confiando em seu diagnóstico, procurei um psicólogo, e também lhe contei meu sonho. Este me disse que de acordo com o meu sonho, eu tenho ínicio de alguma psicopatia.

Saí de lá inconformado, já que minha família tem histórico de demência, alzheimer, parkinson, esquizofrenia e depressão. Passei o dia trancado no banheiro da empresa onde trabalho.

Perto das cinco horas da tarde, o psicólogo me liga, e diz que tinha feito o diagnóstico errado. “Ai, que alívio!”, pensei. Mas ele me disse que havia pensado em meu caso pelo resto do dia. Segundo ele, minha psicopatia não estava em início, já estava em estado avançado. Também me disse que sou esquizofrênico e um homicida potencial. O psicólogo me deu o número de um colega dele que é psiquiatra, mas como também não confiei nele, não falei mais com ele e tampouco liguei para seu colega.

Não sou esquizofrênico, e muito menos homicida! Porém, lhe juro, que só matei o psicólogo porquê Bette Davis e Rimbaud (que dividem apartamento comigo) ordenaram que eu fizesse isso.

E hoje a tarde vou tomar chá com Nietzsche e Freud, só que eles pediram para eu não ir com a minha fantasia de lontra.

E repito, não sou esquizofrênico e nem homicida, certo?


Por hoje é isso amigos geeks, espero que tenham gostado de mais um Nonsense Friday. Não esqueçam, vocês podem ler a coletânea Nonsense Friday clicando aqui!

Se você curtiu, deixe um joinha e compartilhe! Abraço e até a próxima sexta!

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Delson Borges
Mineiro de Cambuquira, 28 anos, amante da poesia e causos que em devaneios e inspirações cotidianas transfere o que sente e contempla da vida para a literatura. Pretendo levar o leitor à lúdica aventura de sorrir, refletir e se deslocar no tempo e no espaço através de meus contos, muitos sem sentido ou nonsense como chamam os entendidos do assunto.
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